terça-feira, 14 de outubro de 2014

Três em cada dez idosos tiveram o nome 'sujo' no último ano, diz SPC

Causa mais comum para o problema é ter ajudado pessoas próximas.
Pesquisa mostra que 57% dos idosos não têm reserva financeira.


Cerca de um terço dos consumidores brasileiros da terceira idade tiveram o nome incluído nos cadastros de inadimplência no último ano, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). A entidade estima que, no momento, 4 milhões de pessoas acima de 65 anos estejam inadimplentes – ou 25% do total.
"A média nacional de crescimento de pessoas inadimplentes nas bases do SPC Brasil atualmente é de 3,8%. Quando consideramos só a população entre 64 e 94 anos, o crescimento é de 7,5%, bem acima da média", afirma, em nota, a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
De acordo com o estudo, a causa mais comum para os idosos terem o nome 'sujo' é ter ajudado pessoas próximas.

"Dois em cada dez [21%] idosos que tiveram o nome sujo não puderam pagar suas contas, porque emprestaram o nome para financiar compras e pegar empréstimos para amigos e parentes. Essa prática é muito arriscada. Ficar com o nome sujo pode significar ficar sem crédito para realizar um sonho ou lidar em uma situação de emergência", orienta o educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz, do SPC, José Vignoli.
Segundo o estudo, a segunda causa mais comum, com 19%, das respostas, é o mau planejamento financeiro, seguido de problemas de saúde (11%), descontrole dos gastos (8%) e de cobranças indevidas (6%).
A pesquisa mostra também que 57% dos consumidores com mais de 60 anos não possui qualquer tipo reserva financeira ou investimentos. Para chegar a este resultado, os entrevistadores ouviram 632 pessoas com mais de 60 anos, de todas as capitais brasileiras.

Inadimplência cresce entre famílias mais ricas em setembro, mostra CNC

9,9% das famílias com renda acima de 10 salários têm contas em atraso.
63,1% das famílias brasileiras relataram ter dívidas em setembro.

As famílias com renda acima de dez salários mínimos estão tendo mais dificuldades em pagar suas dívidas, mostra uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), divulgada nesta quarta-feira (24). Em setembro, 9,9% das famílias nessa faixa de renda declararam ter contras em atraso, acima dos 9,7% registrados no mês anterior – mas abaixo dos 10,7% de setembro de 2013.
Consumidores levam em média seis meses para quitar dívidas em Campinas (Foto: Reprodução EPTV)5,9% das famílias dizem não ter condições de
pagar contas em atraso (Foto: Reprodução EPTV)
Entre as famílias de menor renda, no entanto, a inadimplência ficou em 21,2% em setembro, estável frente a agosto e queda na comparação com os 22,9% registrados em setembro do ano passado.
Endividamento
De acordo com o levantamento, 63,1% das famílias relataram ter dívidas em setembro, entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. O percentual mostra queda frente aos 63,6% registrados em agosto, mas alta frente aos 61,4% de setembro de 2013.
Para as famílias que ganham até dez salários mínimos, o percentual de famílias com dívidas foi de 64,5% em setembro de 2014, ante 64,8% em agosto de 2014 e 63,3% em
setembro de 2013.
Para as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o percentual daquelas endividadas passou de 57,6%, em agosto de 2014, para 56,2% em setembro de 2014. Em setembro de 2013 o percentual de famílias com dívidas nesse grupo de renda era de 52,9%.
O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes, apresentou queda em ambas as bases de comparação, alcançando 5,9% em setembro de 2014, ante 6,5% em agosto de 2014 e 7,0% em setembro de 2013.

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