Patriotismo,
esperança de viver em um País melhor, e vontade de ver sua escola ou comunidade unida ou reconhecida. Nada disso pareceu motivar os habitantes de Trairi, com o decreto da prefeitura antecipando o feriado para a sexta feira.
A Semana da Pátria iniciou-se no último domingo. É a semana em que lembramos a independência do Brasil do império português, ocorrido em 7 de setembro de 1822, sendo a data mais importante do país.
“Os desfiles e celebrações cívicas são a expressão típica do civismo,
pois guardam todos aqueles aspectos que se espera de um cidadão ‘civilizado’: disciplina, ordem, obediência,
subordinação hierárquica, dentre outro.
É por demais sentida a ausência (ou diminuição) do ensino de civismo nas
escolas primárias e secundárias, da maneira como havia antigamente: Moral e Cívica,
depois substituída por Estudos dos Problemas Brasileiros. Cantavam-se
os hinos a cada data histórica e trabalhos diversos eram executados
pelos alunos, que eram orientados pelos professores das respectivas
disciplinas. Explicações para o abandono de tais práticas existem
várias, mas justificativas convincentes, nenhuma.
Então como podemos querer que o povo tenha, pelo menos, a noção do
verdadeiro sentido das comemorações? O máximo que se consegue, é a
satisfação por mais um feriado, isto é, um descanso adicional sempre
bem-vindo. Principalmente quando cai numa 3ª ou numa 5ª feira, fazendo
com que o fim-de-semana seja prolongado, devido ao inevitável “enforcamento”
da 2ª ou da 6ª feira, por parte daqueles que podem fazê-lo - há até
mesmo a institucionalização do ponto facultativo, em alguns setores do
serviço público, o que facilita o ócio descompromissado de envolvimentos
cívicos.
A Independência do Brasil é o marco maior da História Brasileira, ela
foi o sonho dos inconfidentes, foi o desafio pátrio de Dom Pedro, que,
mesmo sendo português, houve por bem tirar o Brasil do domínio de
Portugal. Que acontecimentos o teriam levado a proclamar a
Independência? Os motivos que culminaram com a Independência, hoje são
meros relatos nos livros de História, que os alunos ouvem e esquecem
logo depois. Parece até que esses motivos não têm nenhuma relação
efetiva com a vivência dos dias atuais, o que é um erro lamentável, pois
a História é um eterno continuar e é somente conhecendo o passado que
se pode fazer o presente e projetar o futuro.
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